Saneamento Ambiental.


             
 O colapso do saneamento ambiental no Brasil chegou a níveis insuportáveis. A falta de água potável e de esgotamento sanitário é responsável, hoje, por 80% das doenças e 65% das internações hospitalares. Além disso, 90% dos esgotos domésticos e industriais são despejados sem qualquer tratamento nos mananciais de água. Os lixões, muitos deles situados às margens de rios e lagoas, são outro foco de problemas. O debate sobre o tratamento e a disposição de resíduos sólidos urbanos ainda é negligenciado pelo Poder Público. A água que chega às casas vem dos rios e represas de onde é captada. Se você for até o local de captação de água de sua cidade, provavelmente notará que não parece ser a mesma água que sai das torneiras. A água dos rios geralmente é barrenta, escura e contaminada, por isso, deve ser tratada.
               Primeiramente, a água fica contida em tanques, onde recebe uma substância química, o sulfato de alumínio, o qual faz com que as impurezas se juntem em flocos. Esta primeira etapa é chamada de floculação. Quando estes flocos ficam maiores e mais pesados, depositam-se no fundo do tanque de decantação. Juntamente com o sulfato de alumínio, adiciona-se cal à água, para ela não ficar ácida.
              Do tanque de decantação, a água vai para o filtro de areia, onde é feita a filtração. Quase praticamente limpa, recebe cloro, que serve para eliminar os microorganismos ainda presentes na água. Esta última etapa é chamada de  cloração.  Aquela água, que foi captada de um rio barrento e poluída, pode ser utilizada para o consumo.
              As estações de tratamento enfrentam um grande problema, pois não conseguem, através das etapas de tratamento, eliminar da água certas substâncias tóxicas, como as que fazem parte do  lixo atômico.
             O problema da água potável e da seca  não pode ser resolvido só com o consumo da água que existe, uma fonte que não é renovável. Por isso, estão sendo tentadas ou utilizadas cotidianamente  formas de reciclagem das águas já consumidas nas cidades ou no campo, ou da maior fonte de água, os oceanos e mares.
              O esgotamento sanitário requer não só a implantação de uma rede de coleta, mas também um adequado sistema de tratamento e disposição final. Alternativas de coleta mais baratas que as convencionais vêm sendo implementadas em algumas cidades brasileiras.
              O tratamento preliminar se dá por meio de grades e caixas de areia, visando à retenção dos sólidos em suspensão (galhos e demais materiais mais grosseiros, como terra, areia e gordura decantáveis) que deve ser posteriormente conduzido para aterros sanitários. O tratamento primário é a decantação simples por meio da ação da força da gravidade ou por precipitação química, o que requer o uso de equipamentos. Nesse estágio é gerado o lodo primário que deve ser manuseado com cuidado e tratado por processos de secagem ou incineração antes da sua disposição no solo. No tratamento secundário são removidos os sólidos finos suspensos que não decantam, e são digeridos por bactérias.
              O Lixão representa o que há de mais primitivo em termos de disposição final de resíduos. Todo o lixão coletado é transportado para um local afastado e descarregado diretamente no solo, sem tratamento algum.
              Assim, todos os efeitos negativos para a população e para o meio ambiente, vistos anteriormente, se manifestarão. Infelizmente, é dessa forma que a maioria das cidades brasileiras ainda "trata" os seus resíduos sólidos domiciliares.
              O aterro sanitário é um tratamento baseado em técnicas sanitárias entre outros procedimentos técnico-operacionais responsáveis em evitar os aspectos negativos da deposição final do lixo, ou seja, proliferação de ratos e moscas, exalação do mau cheiro, contaminação dos lençóis freáticos, surgimento de doenças e o transtorno do visual desolador por um local com toneladas de lixo amontoado.
              Entretanto, apesar das vantagens, este método enfrenta limitações por causa do crescimento das cidades, associado ao aumento da quantidade de lixo produzido.
              O sistema de aterro sanitário deve ser associado à coleta seletiva de lixo e à reciclagem, o que permitirá que sua vida útil seja bastante prolongada, além do aspecto altamente positivo de se implantar uma educação ambiental com resultado promissores na comunidade, desenvolvendo coletivamente uma consciência ecológica, cujo resultado é sempre uma maior participação da população na defesa e preservação do meio-ambiente.
              As áreas destinadas para implantação de aterros têm uma vida útil limitada e novas áreas são cada vez mais difíceis de serem encontradas próximas aos centros urbanos. Aperfeiçoam-se os critérios e requisitos analisados nas aprovações dos Estudos de Impacto Ambiental pelos órgãos de controle do meio ambiente; além do fato de que os gastos com a sua operação se elevam, com o seu distanciamento.
              Devido a suas desvantagens, a instalação de aterros sanitários deve planejada sempre associada à implantação da coletiva seletiva e de uma indústria de reciclagem, que ganha cada vez mais força.
              A compostagem é uma forma de tratamento biológico da parcela orgânica do lixo, permitindo uma redução de volume dos resíduos e a transformação destes em composto a ser utilizado na agricultura, como recondicionante do solo. Trata-se de uma técnica importante em razão da composição do lixo urbano do Brasil. Pode enfrentar dificuldades perigosos: os metais pesados, os produtos de combustão incompleta e as substâncias químicas novas, formadas durante o processo de incineração. 
Inúmeras organizações internacionais de defesa ambiental, inclusive o Greenpeace, defendem a implementação de estratégias e planos que promovam a redução, a reutilização e a reciclagem de matérias, produtos e resíduos. A incineração não tem lugar em um futuro sustentável. 
Investir no saneamento do município melhora a qualidade de vida da população, bem como a proteção ao meio ambiente urbano. Combinado com políticas de saúde e habitação, o saneamento ambiental diminui a incidência de doenças e internações hospitalares. Por evitar comprometer os recursos hídricos disponíveis na região, o saneamento ambiental garante o abastecimento e a qualidade da água. Conduzido pela administração pública municipal, o saneamento ambiental é uma excelente oportunidade para desenvolver instrumentos de educação sanitária e ambiental, o que aumenta sua eficácia e eficiência. Por meio da participação popular ampliam-se os mecanismos de controle externo da administração pública, concorrendo também para a garantia da continuidade na prestação dos serviços e para o exercício da cidadania.
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+ comentários + 6 comentários

20 de novembro de 2010 às 07:50

o saneamento é de responsabilidade do município.No entanto em virtude dos custos envolvidos,algumas das principais obras sempre foram administradas por órgãos estaduais ou federais.

8 de dezembro de 2010 às 09:15

o saneamento não existe as "pessoas" estão jogando lixo vez de ser no lixo estão jogando em rios lagos e estão acabando com o meio ambiente

9 de dezembro de 2010 às 08:05

é mesmo em algumas cidades esta tendo já a coleta seletiva

13 de dezembro de 2010 às 06:58

estas coisas as pessoas que tem que ter a consciencia de não fazer nada de mal ao ambiente...Ainda que só 0,1% do esgoto de origem doméstica seja constituído de impurezas de natureza física, química e biológica, e o restante seja água, o contato com esses efluentes e a sua ingestão é responsável por cerca de 80% das doenças e 65% das internações hospitalares.

13 de dezembro de 2010 às 14:48

Parabéns Ricardo pelo Blog eu adorei ficou maravilhoso eu os seus textos tb como esse !!!!

13 de dezembro de 2010 às 14:56

Muito obrigado calbal2010 !!! pelos elogios

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